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15/06/2019 16h05

Mais de 60% dos casos de violência contra a pessoa idosa ocorrem nos lares

Hoje, 15 de junho, é o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. Segundo dados, dois terços dos agressores são filhos, que agridem mais que filhas, noras ou genros, e cônjuges, nesta ordem.
Mais de 60% dos casos de violência contra a pessoa idosa ocorrem nos lares
Hoje, 15 de junho, é o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, instituída em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa (INPES). Segundo dados apresentados pela pesquisadora emérita da Fiocruz, Cecília Minayo, mais de 60% dos casos de violência contra idosos ocorrem nos lares. Este contexto não se refere só ao Brasil, e sim internacionalmente. “Dois terços dos agressores são filhos, que agridem mais que filhas, noras ou genros, e cônjuges, nesta ordem. Os idosos quase não denunciam, por medo e para protegerem os familiares”, diz. De acordo com Minayo, normalmente os agressores vivem na casa com a vítima, são filhos dependentes do idoso e idoso dependente dos familiares, filhos ou idosos que abusam de álcool e drogas, pertencem a famílias pouco afetivas ao longo da vida e isoladas socialmente. Entre as vítimas de violência estão idosos que tiveram comportamento agressivo com a família ao longo da vida e famílias com histórico de violência. Em relação aos cuidadores, inserem-se no contexto da violência aqueles que tenham sido ou continuam sendo vítima de violência, que sofrem depressão ou outro tipo de sofrimento mental e em situação de exaustão. “A violência é uma forma de comunicação, se me comunico gritando, batendo, explorando, desprezando, abusando. Famílias violentas colhem violência”, ressaltou. Envelhecimento O envelhecimento da população tem ocorrido de forma acelerada no Brasil. A população nacional possui, atualmente, mais de 30 milhões de idosos. Por ano, mais de 600 mil pessoas, em média, passam a integrar esta parcela da sociedade. Nos últimos 30 anos, a população de 60 anos cresceu 21,6%, e com mais de 80 anos, mais de 45%; 85% da população brasileira idosa é considerada saudável, de acordo com as informações apresentadas por Minayo. Em 1950, a média de idade dos brasileiros era de 50 anos, e, atualmente, 76. As mulheres têm expectativa de vida maior que a dos homens (79 e 74 anos, respectivamente), que, só não é maior devido à violência, de acordo com a pesquisadora. Taxa de mortalidade Com relação à internações das pessoas idosas, os acidentes de trânsito e as quedas são predominantes. “Estas últimas vitimam, sobretudo, mulheres na faixa dos 70 anos ou mais. Porém, é evidente nos dados o crescimento de óbitos por sufocação, indicando falhas nos serviços assistenciais e ausência de prestação de cuidados familiares e médicos”, alerta. “Todas essas questões indicam que os idosos estão morrendo por causas externas que poderiam ser evitadas”, destaca. “As mulheres são mais vulneráveis em casa e os homens, mais agredidos na rua. De ambos os sexos, os mais vulneráveis são os dependentes sociais, física ou mentalmente, sobretudo os que sofrem alterações do sono, incontinência, dificuldades de locomoção e necessitam de cuidados constantes”, alerta Minayo. Estudos indicam que entre 5% e 10% dos idosos sofrem tipos de violência que não geram lesões, no ambiente familiar ou na comunidade. Fonte: Fio Cruz
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