Municípios decretaram estado de emergência por conta do ciclone e estão mobilizadas para buscar recursos junto à Defesa Civil para recuperar locais, principalmente estradas e rodovias danificadas.
O início da semana será de continuidade às ações desenvolvidas pelas prefeituras de Laguna e Pescaria Brava na recuperação dos locais atingidos pelas fortes chuvas registradas entre a madrugada de sexta-feira, 24 e a madrugada de sábado, 25. A região teve volumes, conforme dados da Defesa Civil Estadual, de mais de 200mm de água em 48 horas.
Pescaria Brava,
que decretou estado de emergência, iniciou a recuperação das áreas afetadas ainda na noite de sexta-feira, com o levantamento de pontos mais críticos no município. Pontinha das Laranjeiras, Carreira do Siqueiro e Siqueiro, segundo a prefeitura da cidade, foram as comunidades mais atingidas.
“O trabalho de plantão iniciou ainda naquela noite. As estradas vicinais ficaram praticamente todas elas destruídas, principalmente na Carreira do Siqueiro. A partir de segunda-feira devemos começar um mutirão para recuperar essas vias e devolver a trafegabilidade”, explica o prefeito Deyvisonn da Silva de Souza.
O chefe do Executivo disse que manteve contato com a Defesa Civil Estadual e que deve encaminhar relatório para reconhecer o decreto municipal para obter recursos facilmente visando a recuperação dos locais, incluindo partes da rodovia SC-437 que corta o munício. “A preocupação é muito grande, a gente não imaginava que viriam tanta chuva”, desabafa Souza.
Em Laguna, a administração municipal
fez a decretação do estado de emergência no começo da tarde de sábado, após vistoriar a maior parte do município. Comunidades do Distrito de Ribeirão Pequeno – principalmente Figueira e Morro Grande –, Cabeçuda, Centro, Praia do Sol, Mar Grosso e Portinho, são alguns exemplos das localidades que foram mais afetadas pelo mau tempo na sexta-feira.
“Todo o município foi atingido em gravíssimas proporções e vamos procurar atenuar nos próximos dias”, frisa o prefeito Mauro Candemil. “O decreto faz com que possamos contratar empresas que possam disponibilizar mão de obra e locação de equipamentos, veículos e materiais que sejam necessários para o restabelecimento da normalidade na cidade”, detalha. Segundo Candemil, a Defesa Civil municipal terá 15 dias para elaborar um relatório discriminando a real situação do município com vistas à obtenção dos recursos necessários para promover a restauração dos locais atingidos.
A prefeitura da cidade juliana montou uma força-tarefa envolvendo as secretarias e órgãos de segurança, como Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Marinha e Exército, para analisar as ações a serem realizadas pela administração municipal. “Foi uma situação desagradável provocado por um ciclone extratropical. Em Laguna, a precipitação foi de 270 mm, isto é, 270 litros de água despejados por metro quadrado, o que provocou esses transtornos, inundações, danos nas rodovias e estradas, alguns desmoronamentos. Situação bastante crítica”, afirma Candemil.
Fonte: Agora Laguna.