Depois de um ano de
construção, o casal Dayane Dellagiustina Souza e Ronan Kölher de Souzafinalmente tem uma
cabana para chamar de sua, num terreno de 24 hectares em São Bento do Sul,
Santa Catarina. Apesar do espaço enorme, a casa feita à mão ocupa uma metragem mínima, bem pertinho do lago. Eles falam ao Hypeness sobre o planejamento, a decoração e a vida no sítio.
A boleira e o barista de 29 anos estão celebrando em 2019 um ano de rotina “no meio do mato”, a 12 km do centro da cidade, junto às cadelinhas de nome internacional, Penny Lane e Summer Roberts. A mudança para a zona rural também trouxe, logo no início, uma mudança de hábito:
se desfazer das coisas antigas, pois nem tudo caberia no novo lar.
A casa da mãe de Dayane virou estoque para guardar algumas coisas que, vez ou outra, a dupla precisa. Ainda assim, ela garante que viver num ambiente menor não trouxe problema algum.
“Foi difícil adaptar nossas coisas em um espaço pequeno, totalmente integrado e aberto. Mas foi um processo natural. Na casa temos tudo que é necessário pra nós dois, e já conseguimos acomodar cinco pessoas numa única visita”, contou. A distância da “civilização” faz com que eles precisem estocar remédios e um pouco de comida e ração extra, já que o supermercado não fica tão perto.

Cercada pela natureza, sem divisórias internas e pequenina, a cabana trouxe uma sensação de aconchego maior.
“Não ter paredes é libertador, dá uma sensação de amplitude e a gente até esquece como era antes”, explicou a boleira de mão cheia.
“Tudo que a casa mostra são móveis e objetos que realmente têm muito significado pra nós, que nos representa em cada detalhe”.
O sonho começou com a idealização e desenho no papel, com aquela ajudinha do
Pinterest na hora de pegar as inspirações. Um programa de computador auxiliou a montagem da planta do imóvel de 5×9.
“Nossa maior referência eram os lofts industriais. Fizemos algumas paredes de tijolinho a vista e deixamos a elétrica aparente. Mas ao mesmo tempo queríamos que ficasse com carinha de casa de sítio, aí entra a madeira natural, que traz um clima de celeiro.”
A construção ficou a cargo dos dois e do pai de Dayane,
Laerte de Souza, que sempre teve fama de faz-tudo. Ao longo da vida, era ele que se atrevia a mexer na parte hidráulica e elétrica de casa, além da marcenaria. Um amigo pedreiro ajudou a dar pitacos durante a obra e assim, a várias mãos, o sonho se concretizou.
“A primeira preocupação que tivemos era a posição da casa, para contar com maior iluminação natural, e posição das aberturas para melhor circulação de ar. Acho que conseguimos um bom resultado”.
Além destes fatores, que seguem uma linha arquitetônica mais
sustentável, Dayane e Ronan também escolheram uma
telha ecológica, produzida com fibra natural.
“Não foi a opção mais barata, mas para o nosso clima está sendo perfeita”.

Depois de 12 meses de obra, chegou a parte divertida: a decoração, que segue se adaptando aos gostos e ao cotidiano dos moradores. Recentemente, eles pintaram, adaptaram e decoraram uma estante para a cozinha, que é o xodó do momento. Aberta, deixa a mão tudo o que Dayane precisa para a produção de bolos.
O
estilo rústico predomina. Alguns objetos são carregados de boas memórias, como o hack da sala. O antigo trocador de bebê, que permanece na família desde 1979, passou de mãos em mãos até chegar à Cabana pra 2, como é chamada a casa. Com tinta branca, tampo e porta a menos, hoje ele serve de apoio para a TV.
As boas lembranças continuam a rodear a vida do casal, especialmente no período natalino. A data aparece não só em itens decorativos temáticos que se espalham pela casa, mas também na união entre os parentes.
“Tentamos ao máximo reunir toda a família , dos dois lados. Em 2018 aconteceu o primeiro natal aqui em casa e foi demais receber todo mundo, trocando presentes e cantando as músicas que a gente cantava quando criança.”
Fonte: Brunella Nunes | Hypeness