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02/04/2019 14h53

Dia Mundial do Autismo: meninas autistas podem estar deixando de receber tratamento por falta de diagnóstico correto

É provável que centenas de milhares de meninas e mulheres em todo o mundo lidem com o autismo sem nunca terem sido diagnosticadas, de acordo com novas pesquisas científicas. Estima-se que a proporção de autistas entre os sexos seja de 16 homens para 1 mulher.
Dia Mundial do Autismo: meninas autistas podem estar deixando de receber tratamento por falta de diagnóstico correto
"Muitas meninas e mulheres autistas parecem ser apenas pessoas tímidas e introvertidas", diz a escritora e empresária britânica Alis Rowe. Com frequência, afirma ela, "essas garotas quietas - e seus problemas - podem ser 'invisíveis' para outras pessoas". Informada de que era autista quando já era adulta, Alis é uma das poucas mulheres a obter um diagnóstico - pelo menos, em comparação com os homens. Os transtornos do espectro autista (TEA) são uma condição com a qual uma pessoa precisa conviver ao longo da vida e que afeta a forma como ela se comunica e interage com o mundo. O nível de funções cognitivas e intelectuais de austistas varia bastante, desde um profundo comprometimento destas habilidades até impactos bem mais sutis. Estima-se que 1 a cada 160 crianças em todo o mundo tenha TEA, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mas há uma enorme disparidade nos diagnósticos por gênero. No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, os números oficiais no Reino Unido indicam que há cerca de 700 mil pessoas no espectro do autismo, com uma proporção de aproximadamente dez homens para uma mulher. Outros estudos no mundo apontam para uma proporção de 16 para 1. Mas e se os parâmetros de diagnóstico forem tendenciosos quanto ao gênero do paciente? Carol Povey, diretora do Centro para o Autismo da Sociedade Nacional Autista Britânica, diz que há um crescente consciência sobre esta questão. Novas pesquisas científicas no Reino Unido, especificamente projetadas para detectar características autísticas em mulheres, sugerem que a proporção real entre homens e mulheres austistas pode estar mais próxima de 3 para 1. Se isso estiver correto, centenas de milhares de meninas e mulheres em todo o mundo estão convivendo com austismo sem sequer saberem disso. A importância do diagnóstico de autismo Alis conta que só foi diagnosticada aos 22 anos de idade. "Passei toda a vida me perguntando por que era 'diferente', me sentindo aterrorizada por isso e tentando me adequar." Ela diz que o diagnóstico transformou sua vida. "Agora, há uma razão pela qual sou diferente. É assustador ser diferente e não ter ideia do porquê. Isso te faz se sentir completamente sozinho". Alias afirma que o diagnóstico lhe trouxe "paz de espírito, a sensação de estar se encerrando um ciclo e autoaceitação". "Hoje, posso explicar aos amigos e colegas que tenho dificuldades e que meu pensamento e comportamento podem ser um pouco 'incomuns'. Tudo isso levou, no fim das contas, à uma melhora da minha saúde mental e a relacionamentos mais significativos e agradáveis." Como Alis, muitas pessoas dizem que um diagnóstico permitiu que entendam por que são como são e finalmente serem aceitas e compreendidas pela família e por amigos. Diagnosticar o autismo também é importante porque muitos pacientes têm outros problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e autoflagelação. Um estudo realizado no Reino Unido descobriu que 23% das mulheres hospitalizadas por anorexia preenchiam os critérios diagnósticos para o autismo. Fonte: G1
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