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28/03/2019 10h54

Internacional: Depois do ciclone, surgem as epidemias em Moçambique

O alerta de que uma epidemia era “inevitável”, dada a estagnação da água e a falta de higiene nos abrigos de sobreviventes. Cinco casos foram confirmados de cólera. Além disso, há o risco de febre tifoide e malária.
Internacional: Depois do ciclone, surgem as epidemias em Moçambique
Moçambique confirmou nesta quarta-feira (27) a temida aparição da cólera na região de Beira (centro), devastada há duas semanas pelo ciclone Idai, que matou cerca de 500 pessoas e deixou centenas de milhares de desabrigados no país. Temos cinco casos confirmados de cólera em Beira e seus arredores”, declarou à AFP o diretor nacional da saúde, Ussein Isse. “Haverá mais casos porque a cólera é uma epidemia”, advertiu. “Estamos colocando em prática medidas para limitar o impacto”, ressaltou. De acordo com Isse, um milhão de doses de vacinas contra a cólera devem chegar no fim de semana na região. No domingo, o ministro do Meio Ambiente, Celso Correia, havia alertado que uma epidemia era “inevitável”, dada a estagnação da água e a falta de higiene nos abrigos de sobreviventes. Acompanhado por ventos violentos e fortes chuvas, o ciclone Idai atingiu Beira, a segunda maior cidade de Moçambique de meio milhão de habitantes, no dia 14 de março, prosseguindo depois para o vizinho Zimbabué. As autoridades de Maputo documentaram pelo menos 468 mortes no seu território, enquanto a Organização Internacional para as Migrações (OIM) relatou 259 mortes no Zimbabué. Mas centenas de pessoas ainda estão desaparecidas e o número de mortos deve subir. A ONU registrou quase 3 milhões de vítimas em ambos os países, assim como no Malauí, atingido por inundações no início de março antes da passagem do Idai. Só em Moçambique, o mau tempo fez 1,85 milhão de vítimas. Duas semanas após a passagem do ciclone, a situação continua muito precária, apesar da mobilização das autoridades e da ajuda humanitária internacional. De acordo com o Programa Mundial de Alimentos (PMA), no auge da tempestade, cerca de 3.125 km2 foram inundados, incluindo vastas terras agrícolas cujas plantações foram destruídas. Muitas pessoas perderam suas casas e falta comida, remédios e água potável. A reabertura nos últimos dias de várias estradas no centro de Moçambique permitiu o início do transporte de ajuda de emergência para a população. “Estabilizamos a situação em alguns distritos”, assegurou nesta quarta-feira o ministro do Meio Ambiente, Celso Correia. “Atualmente, estamos fornecendo alimentos, abrigos e remédios para mais de 300 mil pessoas na região (…) e mais de 170 mil pessoas já estão instaladas em nossos campos”, acrescentou o ministro. “A maioria tem acesso a um médico e água limpa, a situação está melhorando”, disse ele. As vítimas, no entanto, estão longe de estarem fora de perigo. “Não saímos da estação chuvosa, ainda há risco de chuvas fortes, o que complicaria a situação”, alertou Emma Batey, coordenadora do consórcio de ONGs Oxfam, Care e Save the Children. Além da cólera e da diarreia, a água estagnada, más condições de higiene e as dificuldades no abastecimento de água potável aumentam o risco de febre tifoide e malária. O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, estimou em pelo menos 250 milhões de euros o montante da ajuda necessária em Moçambique para os próximos três meses.
 
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