O rito na Câmara deve começar às 10h, mas a votação só deve ser iniciada às 18h. No Senado, a cerimônia de posse dos novos parlamentares está marcada para as 15h.
Nesta sexta-feira, dia 1º de fevereiro, 513 deputados federais e 81 senadores eleitos e reeleitos em outubro passado tomam posse no Congresso Nacional. Com o início da nova legislatura, também haverá a escolha dos novos presidentes, vice-presidentes e secretários da Câmara e do Senado.
O rito na Câmara deve começar às 10h, mas a votação só deve ser iniciada às 18h. Pelo menos sete parlamentares são apontados como pré-candidatos ao cargo, sendo que Rodrigo Maia (DEM-RJ) é favorito. Atual comandante da Casa, ele já reuniu apoio oficial de 15 partidos, deixando três colegas de disputa sem apoio nas próprias legendas.
Já no Senado, a posse foi marcada para às 15h e a previsão é de que o pleito se inicie de forma simultânea ao dos deputados. E essa eleição pode ter impasses: opositores de Renan Calheiros (MDB-AL), escolhido como representante da bancada emedebista, ameaçam esvaziar a sessão para impedir a votação – o quórum mínimo é de 41 senadores.
O motivo para os parlamentares abandonarem o pleito é o voto secreto, que deve ser utilizado para a escolha da Mesa Diretora do Senado. O grupo anti-Renan tenta articular alguma possibilidade para que os votos sejam abertos, mas não há garantia de sucesso.
As articulações devem acontecer até momentos antes do início da sessão. O resultado ainda é imprevisível. Confira abaixo os detalhes dessas votações.
Câmara dos Deputados
Na Câmara, os parlamentares federais vão ser empossados às 10h. Depois disso, os partidos vão se reunir e terão até as 13h30 para formar coligações para fortalecer aliados na disputa para 11 cargos: presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários titulares e quatro titulares suplentes.
Depois de formados os blocos, as bancadas devem passar a discutir quem vai concorrer a cada posto disponível. Os deputados que não tiverem apoio de nenhuma sigla podem lançar candidaturas avulsas. Os nomes indicados para compor a Mesa Diretora devem ser registrados, no máximo, até as 17h.
A escolha secreta do novo comandante da Câmara, segundo na linha de sucessão da presidência da República (atrás apenas do vice-presidente), deve começar a partir das 18h. A sessão, entretanto, pode atrasar. Isso porque o pleito só pode ser iniciado quando houver pelo menos 257 deputados presentes no plenário.
Para que um candidato à presidência da Câmara seja eleito em primeiro turno, ele precisa ter maioria absoluta entre os presentes na sessão – 257 votos, o que representa 50% mais um do total de 513 deputados. Se ninguém chegar ao número, haverá segundo turno com os dois mais votados. Não há previsão para o término da sessão.
A escolha dos ocupantes dos demais cargos da Casa só vai começar após a votação para o posto principal. Conforme o regimento interno, a condução dos trabalhos não caberá ao titular da presidência, mas ao parlamentar mais velho entre os reeleitos – no caso, Luiza Erundina (PSOL-SP), de 84 anos, 20 deles passados na Câmara.
Pré-candidatos:
- Rodrigo Maia (DEM-RJ), candidato à reeleição;
- Fábio Ramalho (MDB-MG);
- General Peternelli (PSL-SP);
- João Henrique Caldas (PSB-AL);
- Marcel Van Hattem (NOVO-RS);
- Marcelo Freixo (PSOL-RJ);
- Ricardo Barros (PP-PR).
Senado Federal
No Senado, a cerimônia de posse dos novos parlamentares está marcada para as 15h. Como na Câmara, a representação proporcional dos partidos é assegurada e as legendas devem se organizar em blocos para dar força a candidaturas de aliados, também para 11 cargos: presidente, dois vices, quatro secretários titulares e quatro suplentes.
O atual presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), ainda não definiu o rito de votação, mas a expectativa é comece às 18h – junto com o pleito da Câmara. Para ser eleito em primeiro turno, o candidato deve ter 41 votos – 50% mais um do total de senadores. Se não houver definição, está previsto um segundo turno.
A sessão só vai começar quando houver quórum de 41 parlamentares. Os eleitores são chamados pela ordem de criação dos estados que representam e ainda não há previsão sobre tempo para defesa de candidaturas – o que aconteceu nos últimos dois pleitos.
De acordo com o regimento interno, a sessão deveria ser presidida por um membro da Mesa Diretora da legislatura anterior. Entretanto, como Davi Alcolumbre (DEM-AP) – único reeleito desse grupo – pode ser candidato à presidência do Senado, a função deve ser passada ao parlamentar mais velho, José Maranhão (MDB-PB), de 85 anos.
Pré-candidatos:
- Alvaro Dias (Podemos-PR);
- Ângelo Coronel (PSD-BA);
- Davi Alcolumbre (DEM-AP);
- Esperidião Amin (PP-SC);
- José Reguffe (Sem partido-DF);
- Major Olímpio (PSL-SP);
- Renan Calheiros (MDB-AL), candidato oficial do MDB;
- Tasso Jereissati (PSDB-CE).
- Fonte: Jovem Pan