Rebeca Andrade continua a fazer história na ginástica olímpica ao conquistar mais uma medalha de ouro, desta vez no solo, durante os Jogos Olímpicos de Paris. Com apenas 25 anos, a ginasta brasileira superou a americana Simone Biles e se tornou a maior medalhista do Brasil em Jogos Olímpicos, acumulando um total de seis medalhas.
No embalo de uma música que misturou *End Of Time*, da Beyoncé, *Movimento da Sanfoninha*, da Anitta, e *Baile de Favela*, do Mc João, Rebeca Andrade encantou a plateia e os juízes na Arena Bercy com sua performance. Sua pontuação de 14.166, com uma dificuldade de 5.900 e execução de 8.266, garantiu-lhe a medalha de ouro. Visivelmente emocionada após sua apresentação, Rebeca celebrou seu triunfo na última atividade da ginástica artística em Paris.
Durante a competição, a italiana Manila Esposito, medalhista de bronze na trave, abriu as apresentações do solo, recebendo uma nota de 12.133. Outras competidoras notáveis incluíram a chinesa Yushan Ou, com 13.000, e a japonesa Rina Kishi, que obteve 13.166. Simone Biles, principal rival de Rebeca, cometeu erros e foi penalizada com uma nota de 14.133, ficando atrás da brasileira.
A manhã foi marcada por controvérsias, especialmente após Rebeca ter sido injustamente avaliada na trave de equilíbrio, recebendo uma nota de 13.933 que a deixou fora do pódio, causando protestos dos torcedores. Apesar disso, a ginasta se recuperou e brilhou no solo.
Com este novo ouro, Rebeca agora lidera o ranking de medalhistas olímpicos brasileiros, superando os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, ambos com cinco medalhas. Em Paris, Rebeca já havia conquistado bronze por equipes e prata no individual geral e no salto. Anteriormente, em Tóquio 2020, ela já havia vencido o ouro no salto e a prata no individual geral.
Rebeca Andrade começou sua trajetória esportiva em um projeto social em Guarulhos, São Paulo, onde rapidamente se destacou como uma promissora ginasta. Sua dedicação e talento a levaram a ser comparada a Daiane dos Santos, uma lenda da ginástica brasileira. Hoje, Rebeca não é apenas uma inspiração para jovens atletas, mas também um ícone de perseverança e sucesso.
Além de Rebeca, o canoísta Isaquias Queiroz também tem a chance de alcançar seis medalhas nos Jogos Olímpicos, com duas provas ainda a disputar em Paris.
Foto: Reuters.