Sete a um. Uma goleada inesquecível da Alemanha contra o Brasil na Copa do Mundo, jogando em território brasileiro. A partida entre as duas seleções em 8 de julho de 2014, no Mineirão, em Belo Horizonte, entrou para a história do futebol brasileiro. A Seleção Canarinho chegou invicta à semifinal mas não entregou nada do que era esperado.
A equipe brasileira entrou em campo sem Neymar, que havia sofrido uma lesão na coluna nas quartas-de-final. Logo no início do jogo, a Alemanha começou a mostrar que estava disposta a lutar pela vaga na final.
No primeiro tempo, o Brasil sofreu quatro gols em menos de seis minutos: Müller, Klose e dois chutes certeiros de Tony Kroos. Parecia replay. Khedira ainda marcou mais um, antes do intervalo. No segundo tempo, mais dois gols de Schuerrle e o placar chegou a sete a zero. Oscar fez o gol de honra e a partida terminou em sete a um.
O resultado foi a maior derrota da história do Brasil em mundiais. Até então, o pior placar em número de gols tinha sido contra a Hungria, quando perdeu por quatro a dois em 1954, na Suíça. E, em 1998, a maior diferença de gols quando a França, jogando em casa, marcou três a zero contra o Brasil na final, em Paris.
Depois da derrota histórica para a Alemanha, o Brasil jogou contra a Holanda pelo terceiro lugar, em Brasília, e perdeu por três a zero. Já a Alemanha disputou a final contra a Argentina, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, venceu por um a zero e levou a taça do mundial de 2014.
Um jogo que não apenas entrou para a história da Copa do Mundo como marcou uma geração de torcedores e se tornou parte da rotina dos brasileiros. "Gol da Alemanha", "virou passeio", "cada dia um novo 7 a 1"... Expressões que não precisam de explicação e refletem o impacto daquela semifinal do Mundial de 2014, que completará dez anos nesta segunda-feira.
Se para o brasileiro não há motivo para celebrar a data, na Alemanha aquele jogo é um marco para o futebol nacional. Até porque foi a última grande alegria dos alemães com a seleção, que desde então só ganhou uma Copa da Confederações, em 2017, caiu na fase de grupos nos dois Mundiais seguintes (Rússia-2018 e Catar-2022) e foi eliminada na sexta-feira nas quartas da Eurocopa.